quarta-feira, 9 de outubro de 2013

MEDITAÇÃO PARA PESSOAS EXTREMAMENTE OCUPADAS


A meditação pode ajudar a remover o estresse das pessoas
envolvidas  no mundo dos  negócios. Jayanti Kirpalani, uma pessoa
muitíssimo ocupada mostra, nesta matéria, o passo a passo da
meditação. A necessidade de recuperar o equilíbrio, encontrar paz
interior e recarregar o poder espiritual pode ser satisfeita
por algumas formas de meditação diária.


Com mais de 40 anos de experiência no ensino e na prática de valores espirituais, Jayanti já percorreu mais de 90 países ministrando palestras e participando de conferências e projetos da ONU sobre desenvolvimento sustentável, diálogo inter-religioso, relação entre consciência e clima.

O que vocês vêem quando olham para alguém? Instantaneamente, a mete inicia seus cálculos e nos conectamos com o outro de acordo com a face, cor, idade, profissão. E quando começo a pensar nisso me pergunto se os fatores externos dizem qualquer coisa sobre mim ou sobre você.  Daí começo a ficar consciente de coisas que não são materiais, que não tem nada a ver com minha forma externa ou situações externas. E essas são as coisas que, na verdade, valorizo e aprecio sobre o eu.
Quem sou eu?
Fico pensando o quanto me conheço. Às vezes quero saber por que me surpreendo com minhas reações e respostas a certas situações. Penso: "poderia ter feito diferente..." Esta é uma indicação que me diz da necessidade de me conhecer um pouco mais.
Tudo carrega valores materiais em um mundo materialista. Com frequência os valores que colocamos em nós mesmos também se associam a fatores externos: posses, propriedades, bens, status. É comum ver minha imagem em um desses “compartimentos”, como os outros me veem.

Olho para dentro de mim e conscientizo-me de coisas como meus sentimentos, emoções, pensamentos e então questiono “qual parte de mim é, realmente, o eu”.

É importante reconhecermos duas identidades: a identidade material, que é a forma física, e a realidade interna de meus pensamentos e sentimentos. E é nessa parte interna que minha jornada começa.

 Vir para esse espaço interior e descobrir o que está acontecendo em meu próprio mundo interno é, de fato, uma aventura tão maravilhosa quanto as aventuras do mundo externo.

À medida que começo a permitir que minha mente esteja tranquila, descubro que a fonte de vida, a fonte de energia que sou é, na verdade, apenas um ser, uma centelha de luz, um ponto. Eu não tenho um metro e meio, mas sou apenas um ponto de luz. E é daí que meus pensamentos e sentimentos emanam.

Sou uma alma
Em nossa linguagem, nós usamos, às vezes, essa expressão: 'minha alma'; ou:  'eu tenho uma alma'.  Isso não é, de forma alguma, verdade. A realidade é que eu sou uma alma, eu sou esse ponto de luz. E funcionar nessa consciência cria uma total transformação da minha percepção.
Nessa consciência, sabendo quem eu sou, sou capaz de ir além de todos aqueles limites que o corpo físico impôs a mim. Frequentemente tenho dito "Eu não aprendo a meditar. Eu não posso fazer isso, aquilo e aquela outra coisa", mas nada disso é realidade.
Eu sou esse ser eterno de luz. Sou um ser de amor; essas são minhas qualidades naturais. E retornar a essa consciência significa que sou capaz de ir além de todas as barreiras, de todas as prisões. Sou capaz de encontrar aquela liberdade interior do eu. Nessa consciência de saber quem verdadeiramente sou, sou capaz de me gerenciar. A paz é natural. Eu não preciso buscá-la pois ela está aqui, dentro de mim.


*BK Jayanti é a coordenadora da Brahma Kumaris no Reino Unido 

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